Desde que anunciou seu serviço de transmissão ao vivo 'Facebook Live' em agosto do ano passado — no início, restrito a celebridades, jornalistas e grandes marcas e depois liberado para o público geral — a rede social de Mark Zuckerberg tem buscado formas de explorar monetariamente o potencial do recurso, e agora, finalmente a plataforma começou a dar seus primeiros passos para isso, iniciando uma fase de testes com anúncios.
Mark já tinha deixado bem claro que não queria anúncios pré-carregados antes das transmissões, pois de acordo com suas palavras, isso poderia comprometer a experiência na visualização, mas pelo visto, ele considerou implementa-los durante os vídeos, oferecendo 'pausas comerciais' que podem durar até 15 segundos.
Por não ter um modelo sólido de monetização como, por exemplo, seu principal concorrente no quesito livestreaming, o YouTube, a rede social mais utilizada no mundo acabou tendo que 'patrocinar' diversas personalidades e marcas, para que eles começassem a usar o recurso, até então, sub-utilizado — afinal de contas, ninguém quer fazer propaganda de graça, né?
Agora, marcas e celebridades estão recebendo convites para aderir a um teste de exibição de comerciais durante suas transmissões, algo que não parece ter empolgado muitos deles.
O Facebook informou que os anúncios oferecidos atualmente serão tirados de campanhas já existentes na plataforma, e que as empresas poderiam escolher não exibi-los — algo que segundo uma fonte ligada à empresa, tem acontecido frequentemente, especialmente devido à falta de controle sobre quando o a transmissão do anúncio é iniciada.
A preocupação atual é que, diversos jornais e veículos de comunicação não se sentem à vontade para exibir esse tipo de conteúdo promocional no meio de um vídeo de tragédia como, por exemplo,o assassinato que aconteceu há poucas semanas, onde uma mulher transmitiu a morte de seu namorado.
Segundo informações de fontes próximas à empresa de Zuckerberg, os anunciantes serão capazes de controlar que tipo de publicidade aparecerá em seus canais, e eles poderão desativá-los caso haja conteúdo sensível sendo transmitido.
Assim como o YouTube, o Facebook dividirá a renda obtida através da exibição dos vídeos promovidos — uma ótima oportunidade de renda extra para aqueles que possuem milhares de seguidores — mas segundo executivos, o programa ainda não conseguiu o apoio de muitas empresas, pois o valor pago por visualização é extremamente baixo.
Por tratar-se de uma fase de testes, ainda não é 100% certeza se isso acabará se tornando, no fim das contas, um produto que possa ser, de fato, oferecido e explorado; mas pelo que parece, de momento a rede social de Mark Zuckerberg não está compartilhando o dinheiro arrecadado com os anunciantes (apesar de continuar pagando empresas e celebridades mais conhecidas para utilizar seu serviço).
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